Extremos da Tolerância Humana
domingo, 14 de junho de 2009
"Barriga d'água"
É de domínio popular que o consumo de água traz muitos benefício à nossa saúde. Contudo, há discussões incessantes de quanto se deve ingerir diariamente e quando essa substância, essencial à nossa sobrevivência, torna-se um veneno ao organismo.
A água participa abundantemente da composição química do corpo humano, apresentando variações de percentual dentro desse de acordo com fatores como a atividade do tecido ou órgão – envolvendo diferenças funcionais e metabólicas – e a idade do indivíduo. O tecido de maior constituição e, consequentemente, dependência de água é o nervoso, enquanto o ósseo e o adiposo possuem baixo percentual hídrico. O encéfalo de um embrião, por exemplo, tem um teor hídrico de aproximadamente 92%. Tal fato é de grande utilidade para se explicar os efeitos da intoxicação por água.
Porcentagens de água
Diversos casos de pessoas que ingeriram água em grandes quantidades e curto espaço de tempo geram notícia, como a de Jennifer Strange. Essa mãe californiana morreu ao beber 7,5 litros de água em um concurso para ganhar um Nintendo Wii (videogame), cujo vencedor seria aquele que bebesse maior quantidade de água e ficasse sem ir ao banheiro por mais tempo. Esse excesso hídrico lhe rendeu uma desordem no balaço de eletrólitos que entram e saem das células. Sódio e potássio, íons responsáveis pelos impulsos nervosos, ficam bastante diluídos no meio extracelular, forçando a célula nervosa a absorver mais água para obter a mesma quantidade desses eletrólitos. Tal desequilíbrio afeta o Sistema Nervoso Central, podendo gerar, no caso de lise da célula túrgida, distúrbios fatais ao cérebro, principalmente. Essa “desordem encefálica” explica sintomas iniciais como tontura, vômito e dor de cabeça, podendo evoluir para edemas cerebrais, coma e morte.
Jennifer Strange e o videogame almejado para seus três filhos
A prevenção de envenenamento por água não é muito complexa, pois não exige mais do que o instinto humano. Deve-se beber o suficiente para “matar a sede”. Mas é interessante saber que rins saudáveis e com metabolismo normal são capazes de excretar aproximadamente 1 litro de urina por hora, e também que repositores hidroeletrolíticos, diluídos contudo, são aconselháveis para exercícios físicos intensos.
Já o tratamento é mais complicado, visando ao equilíbrio eletrolítico e à eliminação do excesso de água no sangue. Para isso utilizam-se métodos como restrição de líquidos (casos mais leves); uso de diuréticos e inibidores do hormônio vasopressina (não vale cerveja!); e injeção intravenosa de soro, para restaurar as concentrações anteriores de sódio no sangue.
Referências bibliográficas:
- http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1255-5603,00.html
- http://www.universitario.com.br/celo/topicos/subtopicos/citologia/bioquimica/agua.html
- http://en.wikipedia.org/wiki/Water_intoxication
- http://killdemons.spaces.live.com/blog/
Imagens
http://www.mmcbrasil.com.br/ilustra/100408_agua2.jpg
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Marcadores: Arthur Bernardo
1 Comments:
hallekas, a vaca da milka.chigamx
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