Extremos da Tolerância Humana
sábado, 13 de junho de 2009
Bioquímica do sono
Dizem as teorias que sua origem vem da necessidade corpórea de reestruturas células afetadas pelos raios ultravioletas, pois quando o corpo pode descansar também é o momento ideal (noite) para fazer a recuperação das células.. Assim, o corpo, por exemplo, por meio da retina, percebe as alterações no ambiente para se adaptar às condições impostas, como o ciclo dia/noite.
A luz chegando ao olhos penetra no globo ocular e excita os fotopigmentos chamados melanopsinas em células especiais da retina. Estas enviam impulsos nervosos que chegam aos núcleos supraquiasmáticos da glândula pineal. Lá o estimulo favorece a permeabilidade da membrana aos íons Ca2+. Os íons facilitam a ocorrência de uma cadeia de reações que atuam para a atuação da expressão de um conjunto de proteínas chamadas Per. Estas inibem a produção de melatonina.
A melatonina (5-metoxi-N-acetiltriptamina) é produzida do triptofano que se tranforma em serotonina. A serotonina se transforma em melatonina e tem concentrações altas durante o dia e baixa à noite. Isso tem contra-relação direta com as concentrações de melatonina no sangue, visível no gráfico.
A variação na concentração de prostaglandinas também pode alterar a produção de melatonina de forma ainda não muito bem explicada. (Para saber algumas funções das prostaglandinas, ver postagem “Bioquímica da Dor”).
Mas, tudo bem, depois de todo esse processo de produção como a melatonina trabalha? Por ser uma proteína altamente lipossolúvel, difunde-se pelo sangue chegando a várias estruturas corpóreas, como a saliva e até o leite materno. Nelas a melatonina tem uma função específica em cada tipo de célula. Um exemplo é nos olhos, ela favorece a adaptação da visão ao ambiente escuro, afetando os cones e bastonetes na retina.
Referências bibliográficas:
- http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/index.php?p=html&id=362 (Imagem 3)
- Modulação da expressão dos genes para melanopsina, clock, per1, per2 e bmal2 por melatonina em melanóforos dérmicos do anfíbio Xenopus laevis; Ana Paula Canel Bluhm
- http://en.wikipedia.org/wiki/Circadian_rhythm
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Melatonina
-Imagem 2:http://www.nature.com/nature/journal/v418/n6901/fig_tab/nature00965_F4.html
-Imagem 1:www.bing.com; busca: sono
Marcadores: Leandro Pereira
2 Comments:
Adorei a sua pesquisa!!!
muito bom, faço medicina, me ajudou bastante
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